
A obra, que foi bandeira de Santana Lopes, será hoje inaugurada (com visitas a pé até às 20h) e está a ser contestada no capítulo de segurança pela Associação de Bombeiros.
Há quem diga que vai trazer mais automóveis para o centro da cidade. Outros apontam-no como sendo uma das soluções milagrosas para o descongestionamento do trânsito em Lisboa. A prova de fogo vai começar amanhã às 20 horas quando, mais de quatro anos após a adjudicação da obra e dois anos e meio depois da data inicialmente prevista para a sua inauguração, o polémico túnel do Marquês abrir as portas ao tráfego.


A infra-estrutura dispõe de um conjunto de equipamentos, de controlo e segurança, tornando-o «um dos mais bem equipados da Europa, permitindo baixos níveis de poluição», refere a autarquia.
Durante as obras, que tiverem um custo estimado em 18,7 milhões de euros, foram escavados 150 mil metros cúbicos e colocadas 2.000 estacas.
Nos trabalhos estiveram envolvidos uma média de 100 trabalhadores por dia.
Os espaços exteriores não foram esquecidos, tendo a autarquia plantado 24 árvores, 250 arbustos e transplantado 108 árvores, adianta a Câmara de Lisboa, acrescentando que o espaço é iluminado por 1.200 lâmpadas.
O túnel conta com um conjunto de 66 equipamentos, instalados nos acessos e no interior do túnel, que incluem painéis de mensagem variável, de controlo de via e de limite de velocidade (50 km/h) e de perigos vários.
Estes equipamentos têm como objectivo controlar o tráfego rodoviário de forma programável, através de afixação de mensagens de texto e de pictogramas coloridos, fornecendo aos condutores informações úteis para a realização de uma condução mais segura e para a prevenção de acidentes.

Quarenta câmaras de vigilância cobrem todo o espaço subterrâneo e das entradas e são monotorizadas numa sala de comando, no centro do túnel, cujas paredes são revestidas por 1,4 milhões de azulejos, segundo um projecto concebido pelos serviços da câmara.
O túnel do Marquês abrirá dia 25 de Abril, à excepção da saída do túnel para a avenida António Augusto de Aguiar, que está condicionada pelas obras necessárias de reforço da estrutura da galeria da Linha Amarela do Metropolitano de Lisboa, sob a Avenida Fontes Pereira de Melo.
